Entrevista realizada por e-mail com Roberto Scalia, com comentários póstumos de dois ex-exus terroristas freelancers:
Ricardo Maia Jr. – Como é o processo criativo da banda?
Scalia - Processual, mas criativo.
(Claro, meu querido! Como não!?)
(Não diga!)
R M – A erudição também não é uma condição fundamental?
S - Essa pergunta me lembrou um causo que ocorreu semana passada, lá no Recife Antigo. Um repórter fazia uma entrevista ao vivo (creio que sobre a cultura popular) e, vendo algumas pessoas passando e dançando, tacou:
- Aqui,ao meu lado, um grupo de populares dançando animados...
O resto do mundo era erudito.
(Hummmm... Boa! Boa! Tentativa.)
(Intelectual do povo: que dureza!)
R M – Vocês acham que a canção acabou ou está acabando?
Raphael - "Across the Universe - Beatles" diz: ...
(E?)
(Acho que ele tava tentando ser poético)
R M – O que pensam dos EUA?
Scalia - Grande ninho de música negra da melhor qualidade, ótimo lugar para se comprar equipamentos, mas um país que perdeu a ternura perante o mundo. Aliás, analisando bem, vários a estão perdendo. Por exemplo, você acha que o Brasil está perdendo a ternura?
(Não adianta dizer que não leu! Não cola.)
(Ainda mais com esse papo hippie de que americano bom é americano preto! Viva Obama!)
R M – Vocês acham que o Brasil está perdendo a ternura?
S -Perguntamos primeiro.
(Ainda insiste. PQP!!!)
(ha ha ha!)
R M – O que interessa a vocês na adolescência?
S - Voltando aos EUA, se eu morasse lá, recorreria agora à Quinta Emenda (ou é a Quarta?). Ou seja, um país que proporcionou grandes avanços à humanidade, e alguns de seus maiores retrocessos.
(Cola em cima e, depois responde. Faça-me um favor!)
(Acho que deve ser difícil falar de adolescência depois de tantos anos sem conseguir sair dela)
R M – Vocês sempre tiveram uma vida totalmente heterossexual?
S - Apesar de sabermos que isso é uma cantada, desista, caro entrevistador.
(Essa galera fala e depois foge. Impressionante! Não vou revelar. Fiquem calmos!)
(Relaxa, é só homofobia de botequim)
R M – Vocês gostam de moda? São fashions?
S - Desista, caro entrevistador.
(Olha o machismo exacerbado!)
("moda é coisa de viado", sempre foi.)
R M – Vocês são mal-humorados pela manhã, quando acordam?
Scalia - Somente Rapha , porque tem sono leve e não dorme nem com o canto dos galos, nem com os roncos do Cali e do Dossa..
(Olha aí! Olha aí!)
(Ato falho!)
R M – Vocês acreditam em Deus?
S - Sim. E na inimaginação.
(Esperava mais Filosofia.)
(Eu também!)
R M – Vocês se assustam com que os críticos falam?
S - Não, de forma nenhuma. O problema é quando eles resolvem escrever.
(E as cantadas que vocês recebem!? Como ficam!?)
(Realmente, falando é mais fácil de entender)
R M – Quais os pratos preferidos de vocês?
S - Aqueles que você, caro entrevistador, doou para o Lumo Coletivo, com as inscrições carinhosas "Nossa Feijoada!". Demais.
(Carla Perez, é tão manjado. Vixe!)
(Ah, que susto!, pensei que eles iam citar Chico Buarque!)
R M – O que vocês estão preparando para o show no Fonograma da Casa?
S - Uma apresentação breve porém densa. Predominantemente canções mais BG's, algumas novas, mas sem cortar a onda dos nossos guitarras, que adoram fazer misérias com o santo drive. Agradecemos a AESO pela parceria no Fonograma, e a você, caro entrevistador, pela entrevista iconoclasta, vanguadista e, porque não, Gaguiana.
(Gostei do elogio. Assim sim!)
("Vanguarda sim, é coisa de viado!")
Vai ter Facción 2017!
Há 7 anos
Um comentário:
ta escroto...
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