Quem foi à Rua da Moeda conferir o show do Macaco Bong deve, com certeza, ter se surpreendido com a vontade dos caras de tocar e mostrar a boa música que fazem. Coisa talvez rara em muitas das bandas que circulam por aqui e por aí no mundo. O Macaco não se intimidou com a chuva que caiu na sexta de noite e tocou até não ser mais possível seguir adiante. Foi mais um grande show dos caras em Recife, o terceiro em menos de uma semana. Antes eles já haviam se apresentado no II Quintal do Lumo, no último Sábado, e na semifinal do concurso Microfonia, no UK Pub, na última quarta-feira. Bem, parece que os caras estão mesmo gostando de ficar por aqui e tem presenteado o público com apresentações cada vez mais primorosas.
Alguém deve ter se perguntado, no entanto, o porquê do Lumo Coletivo ter colocado os caras pra tocar ali, na calçada do antigo Pina de Copacabana, sem alguma proteção, um toldo, sem palco e meio de improviso. Bem, existe uma razão, ou várias. Vamos do início. O Lumo havia fechado com o proprietário do bar Casa da Moeda, Sr. Sérgio Alterkitsch (espero que eu tenha escrito corretamente), um pequeno apoio para o show de ontem que compreendia: um tablado, um toldo de 3x3 metros e energia para os equipamentos. Combinamos de chegar ao local às 18 horas pra começar a organização.
Eu e Ney, baixista do Macaco, chegamos um pouco antes das 18h porque tivemos umas coisaspessoais pra resolver. Logo em seguida, a equipe do Lumo chegou com os equipamentos e, tentando nos comunicar com o proprietário do bar, fomos praticamente ignorados. Além de não aparecer no local como combinado, o Sr. Sérgio não deixou ninguém da casa responsável pelo evento, nem sequer respondeu aos telefonemas seguintes que fizemos. Tentamos negociar com o gerente da casa e conseguimos avançar um pouco, mas terminamos por abortar o "plano A". A equipe responsável pelo show, então, decidiu fazer um "plano B", que resultou no bom show que citei mais acima.
Atitudes como a do Sr. Sérgio Alterkitsch são sintomáticas. Revelam o nível de descompromisso de algumas pessoas que trabalham na área de cultura aqui no Recife. Minando, assim, a tentativa de alguns em fazer eventos mais dignos e de boa qualidade técnica. O evento foi divulgado em meios de comunicação digitais e impressos e várias pessoas tomaram conhecimento do show. Felizmente, muitos compareceram e ficaram, mesmo debaixo de chuva, até o último momento em que foi possível continuar tocando.
A idéia do Lumo era a de levar boa música, com bons equipamentos e de graça, aos ouvidos dos freqüentadores da Rua da Moeda. Infelizmente, o Sr. Sérgio prejudicou uma noite que poderia ter sido ainda mais marcante para o público presente. Entretanto, o Lumo Coletivo fica muito feliz em poder contar mais uma vez com a boa vontade e compreensão do Macaco Bong e constatar que os caras agora tocam, literalmente, até debaixo d’água!
Vai ter Facción 2017!
Há 7 anos
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