sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Como foi? Porcas Borboletas no UK

Noites de terça-feira sempre são imprevisíveis, ainda mais quando se trata da relação Recife, bandas independes e Chuva. De qualquer forma, o público compareceu, mesmo que não em lotação máxima, mas bastante animados ao show da Porcas Borboletas.

Em sua terceira passagem pelo estado (antes num congresso da UNE e em seguida no Rec Beat), a banda já vinha passando por diversas transformações, desde a formação até as composições - o álbum “Um carinho com os dentes” é proveniente de um trabalho anterior, intitulado “Pau-de-Bosta”, quando eram ainda um quarteto. Hoje, com sete integrantes, incluindo Jack (percussão), trazendo um show coeso, a banda se encontra em tour do segundo disco, “A Passeio”, lançado virtualmente pelo Compacto.Rec, mas isso você já leu no post passado. Vamos às novidades, pois.


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Enzo Banzo em dueto com a chuteira Topper de Danislau


Espontaneidade, diversão, humor e performance de palco fazem parte da atmosfera passada pela banda. A simpatia também foi um dos pontos fortes. Embora toda essa adjetivação faça referência ao teor cênico proposto pela banda, musicalmente, os mineiros não deixam nada a dever. Os dois vocalistas mostram dominar as músicas e o palco. A cozinha (baixo e bateria) é praticamente impecável, além da percussão de Jack, que surpreendeu até os mais céticos, não os deixando tirar os olhos do músico, enquanto ele conseguia tirar som de uma lata de tinta, jogando-a no chão, mantendo um timbre bonito e sem perder o tempo. Uma mistura de John Cage com Naná Vasconcelos, sacou?


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Da esquerda pra direita: Moita, Vi Vicious (atrás da Moita hehe), Jack, Banzo, Ricardim, Danislau e Rafa Rays


Ricardinho (responsável por comandar toda a parte eletrônica, efeitinhos e firulas) pareceu não se contentar com o equipamento em mãos e brincou até com gravações do celular e papel rasgado, fazendo com que a música, além de qualquer experimentalismo falso, chegue aos ouvidos como as brincadeiras musicais de um Tom Zé.


O guitarrista Moita, aparentemente tímido (diferente do irmão Danislau, que fez acrobacias memoráveis para a platéia), além dos belos arranjos, ainda arrisca uns versos num samba da música “cerveja” - um dos maiores sucessos da banda e sempre alvo de pedidos na hora do bis.


Por falar em bis, já vamos contar também como foi o segundo show do Porcas em Recife, abrindo pros Macaco Bong ontem, na Nox. Eu sei que você está curioso, dá pra ver pelo jeito nervosinho com que você está agora mexendo no mouse e indo atualizar a página pra ver se eu já postei.

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