quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Entrevista: Seu Fulô e a Fuleragem

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A SeuFulô surgiu em 2006, a partir de uma conversa corriqueira entre o vocalista e violonista Wagner Marroquim com o baterista Pedro Gouveia e outros amigos, vem a frase clássica: "bicho vamos montar uma banda?" Após algum tempo e várias formações, finalmente, a banda é consolidada com a entrada de João Bento na guitarra e Magno Lima no Baixo. A partir daí, teve início o projeto que começou com uma brincadeira de experimentação e hoje, já consolidado, começa a dar bons frutos. Em 2008 a banda lançou sua primeira Demo, que vem por a prova todo suor investido, com musicas que mesclam Fusion, MPB, Salsa, Armorial, Rock e afins com os velhos sons da Boemia, Samba, Bossa Nova e até o Brega "cachorrão" do anos 70. Buscando, através de suas musicas, seu estilo intimista e descontraído, unir as mais diversas influências num mosaico musical com direito a musicas dançantes, baladas instigantes e letras profundas, embora propositalmente simplistas.

Seu Fulô e a Fuleragem é:
Wagner Marroquim (Vocal e violão)
João Bento (Guitarra)
Magno Lima (Baixo)
Pedro Gouveia (Bateria)

http://www.myspace.com/seufulo


* Entrevista realizada por e-mail com os integrantes Wagner Marroquim e Pedro Gouveia:


Ricardo Maia Jr. – Como vocês se identificam com a MPB?

Seu Fulô - É inevitável não estar presente em nosso som, visto ser um dos estilos mais escutados e admirados dentro da banda. Quem nunca tomou uma cerveja, rodeado de bons amigos, ao som de um clássico de Chico, Jobim ou tantos outros? É de fato muito bom, deixo aqui a recomendação.


R M – O que está no som de vocês escondido, aquele tipo de referência que não aparece tão explícita?

S F - Diria que muitas coisas, ou talvez nada esteja explícito. Ocorre um fato curioso aos que escutam nosso som. Cada um diz notar as mais diversas influências. Já nos chamaram de MPB, Samba-rock, Blues com sotaque brasileiro, entre tantas outras... Se me perguntarem qual a cola que serve de link entre os gostos e influências na banda, diria que de fato todos estão certos. Há Mpb, há Samba, há Rock, há inclusive Blues, mas há também muito Funk, Bossa nova, Fusion, Salsa, Brega dos anos 70, entre tantas outras sonoridades que nem eu saberia dizer.


R M – Para vocês, o que interessa mais nas canções brasileiras atuais?

S F - Vejo grandes méritos nas novas gerações que estão surgindo, cada uma com a sua cara específica, onde a variedade é um ponto alto a se destacar, Assim como em outros períodos que a música passou por transformações, hoje vejo uma variedade de sons de inúmeras bandas e artistas do cenário independente de Recife e do Brasil, fazerem coisas de muita qualidade, assim como já foi feito em outros períodos da história, existe uma efervescência muito grande surgindo. Com relação aos artistas já consagrados, alguns agradam outros não. Poderíamos falar de várias canções de vários estilos diferentes, mas o importante é poder ter a essa variedade, pois se não houvesse, não teria graça.


R M – Por que partir do instrumental para canções cantadas/letradas?

S F - Na verdade o que ocorreu foi o seguinte, a banda já surgiu letrada. O vocalista e violonista Wagner Marroquim e o baterista Pedro Gouveia resolveram montar a banda. Wagner tinha várias idéias de letras e músicas feitas no violão e Pedro conhecia vários músicos com quem tocava. Assim formada a banda, no decorrer de um ano e meio foram-se acrescentando influências e lapidando as composições num estilo comum a todos. Que de forma democrática, chegou ao patamar que está hoje, evoluindo cada vez mais a uma identidade e cara própria.


R M – O que faz vocês terem repulsa no mundo da música?

S F - A rotulagem quando vem acompanhada de preconceito. Dentro de minha visão do que é musica, creio ser ela uma forma de expressão acima de tudo, e não cabem julgamentos além do ser ou não ser tocado pela concepção do artista.


R M – Que bandas vocês indicariam para um leigo?

S F - A SeuFulô é claro!! Tem que fazer a propaganda né? Acho que ninguém tem que entender de musica pra se deixar levar num bom som, mas é claro que é bom sempre preparar os ouvidos para novas sonoridades, tem que chupar o limão antes de fazer careta.


R M – Como vocês enxergam as ações do Lumo Coletivo?

S F - Acho uma excelente idéia, com uma organização muito boa, bom planejamento, enfim o fato de promover a cultura aqui só tende a incentivar cada vez mais outras movimentações, é um projeto pioneiro aqui em Recife e vejo com muito potencial.


R M – O que os fãs podem esperar do show na Aeso?

S F - Um show com algumas surpresas, musicas inéditas, e outras bem diferentes das nossas gravações anteriores, a banda realmente está numa fase de composição ótima.


R M – Dentro do repertório da banda, existe alguma música que vocês gostem mais de tocar?

S F - Tem sido bastante divertido tocar "Ouvi Dizer", desde que a re-arranjamos, ela ficou bem mais instigada e dançante. Porém, acredito que a música que a banda mais gosta de tocar seja "O Bloco" , nossa Stairway to heaven.


R M – Quais dificuldades de se trabalhar em grupo?

S F - Muitas! Temos problemas como todas as outras bandas quanto a isso. É como uma família mesmo! O segredo é saber respeitar o dia de cada um, saber perceber quando alguém não está bem... A gente briga em um dia, no outro já ta tocando de novo.

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